O
dia Mundial da Hanseníase é celebrado sempre no final de janeiro, último
domingo do mês. A data foi criada para mobilizar a sociedade em torno da doença
que, antigamente, era conhecida como Lepra. Diversas ações de conscientização
são realizadas pelo país e marcam a campanha Janeiro Roxo, no qual chama
atenção para os sinais e sintomas da hanseníase, alertando para a importância
do diagnóstico precoce a fim de evitar sequelas graves.
A
hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium
Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen.
O
bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos
sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, de acordo com informações da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Orientações
sobre a doença:
Sinais
e sintomas:
–
Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na
sensibilidade dolorosa, térmica e tátil;
– Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos
membros;
– Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração;
– Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações;
– Dor e espessamento nos nervos periféricos;
– Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés;
– Caroços no corpo;
– Pele seca;
– Olhos ressecados;
– Feridas, sangramento e ressecamento no nariz;
– Febre e mal-estar geral.
Quando
os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas
progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da
mobilidade dos membros e até cegueira.
Onde
se tratar:
Se
apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica. O posto
de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem lhe
ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar!
Parentes
e amigos:
Em
caso de diagnóstico confirmado para hanseníase, oriente as pessoas com as quais
mantém contato próximo e regular (familiares, amigos, colegas de trabalho) a
também irem ao médico para serem examinadas.
Siga
o tratamento:
Quem
tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos
de imediato. Ao fazer isso, o paciente deixa de ser transmissor da doença. E
atenção: é importante não abandonar o tratamento ou deixar de tomar os
remédios.
O
tratamento consiste na associação de antibióticos usados de forma padronizada.
O paciente deve tomar a primeira dose mensal supervisionada pelo profissional
de saúde, sendo as demais, auto administradas. O Sistema Único de Saúde (SUS)
disponibiliza o tratamento e o acompanhamento da doença em unidades básicas de
saúde e em unidades de referência.
Prevenção:
O
diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que
convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes
acometidos por hanseníase, são as principais formas de prevenção.