Há 140 anos, o médico alemão Robert Koch descobriu a
bactéria causadora da tuberculose, episódio que representa um marco para o
combate à doença. Isso aconteceu em 24 de março de 1882 e, desde então, a
medicina avançou muito em prevenção, diagnóstico e tratamento.
Durante o mês de março a equipe de Vigilância Epidemiológico
se reuniu com as seis equipes das Estratégias de Saúde da Família, ESF’s, a fim
de levar conhecimento aos profissionais acerca da doença, além de sensibilizar
toda equipe em relação da busca ativa dos sintomáticos respiratórios.
O que é
A tuberculose é uma infecção bacteriana que pode acometer
diversos órgãos e sistemas, mas afeta mais comumente o sistema respiratório. É
uma doença transmissível, mas tem vacina e, em 85% dos casos de contaminação,
os pacientes terminam o tratamento curados.
Transmissão
A forma mais comum de transmissão é direta, de pessoa para
pessoa. Como a bactéria se aloja de forma mais comum no aparelho respiratório,
o vetor na maioria dos casos são aerossóis ou gotículas de saliva expelidas na
fala ou na respiração. Há, no entanto, fatores que contribuem para a
contaminação, em especial condições que baixam a imunidade, como tabagismo,
etilismo, má-alimentação, condições precárias de higiene e o uso de drogas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de contrair ou
ter complicações da tuberculose é maior em pessoas que vivem em situação de
vulnerabilidade social, em especial portadores do vírus HIV, pessoas privadas
de liberdade, pessoas em situação de rua e indígenas.
Prevenção
A forma mais básica de prevenir o surgimento de casos graves
da doença é por meio da vacinação. A vacina popularmente conhecida como BCG
(Bacillus Calmette-Guérin) deve ser aplicada em todas as crianças, entre o
nascimento até ela completar cinco anos.
Os demais cuidados que podem ser adotados para evitar a
infecção são parecidos com os recomendados por especialistas para se proteger
da covid-19, ou seja, evitar aglomerações em locais fechados e adotar o uso de
máscaras de proteção nessas situações.
No caso de alto risco de contaminação, como quando um membro
do núcleo familiar tem a doença confirmada, por exemplo, existe tratamento
preventivo contra a tuberculose, feito à base de um antibiótico específico.
Sintomas
Os principais sintomas de tuberculose se apresentam no
sistema respiratório, pois é a região atingida com mais frequência pelas
bactérias. Uma tosse (seca ou carregada) que persiste por um período maior do que
três semanas deve ser investigada com suspeita para a enfermidade. Outros
sintomas clássicos da doença são falta de apetite, emagrecimento, febre baixa
(especialmente no período da tarde), sudorese noturna e sensação de cansaço ou
prostração.
A doença se manifesta conforme a região do corpo em que há
infecção, portanto, nos casos em que a bactéria se aloja em outra parte que não
o aparelho respiratório os sintomas são diferentes. Há, ainda, casos em que os
pacientes não apresentam sintomas ou os sentem em uma intensidade tão discreta
que podem chegar a ficar anos sem um diagnóstico.
Tratamento
Ao mesmo tempo que é simples, o tratamento exige disciplina
para ser bem-sucedido. Segundo o Ministério da Saúde, o índice de cura para
tratamentos realizados da forma correta é de 100%, mas a duração é longa — seis
meses — e exige comprometimento diário do paciente, que precisa seguir tomando
a medicação mesmo após o desaparecimento dos sintomas, o que ocorre já nas
primeiras semanas. Caso as orientações não sejam seguidas à risca, a infecção
pode retornar, e pior, com bactérias resistentes aos antibióticos.
Toda medicação é disponibilizada gratuitamente na rede
pública de saúde e é recomendado o acompanhamento no regime de Tratamento
Diretamente Observado, que inclui a observação da ingestão dos remédios por um
profissional da saúde.
Confira a situação epidemiológica da Tuberculose em Chapadão
do Sul, de número de casos notificados por ano.
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Dados Sinan Net até 24/03/2022.