Medidas mais duras poderão ser adotadas em Mato Grosso do
Sul, caso as estatísticas do novo coronavírus continuem na contramão do
isolamento social, que há dias vem repetindo índices abaixo dos 40% em grande
parte dos municípios do interior do Estado.
“Ainda não houve a necessidade de fazer um lockdown ou uma
intervenção direta. Isso só vai acontecer se a pandemia evoluir requisitando
essas medidas por parte do Governo do Estado no local, município ou na região
adequada”, afirma o secretário de governo e gestão estratégica, Eduardo Riedel.
Desde o mês de janeiro, o Governo do Estado tem adotado
medidas para estruturar, monitorar e acompanhar a evolução da pandemia no
Estado. Porém, o quesito distanciamento social que pode enfraquecer o vírus,
depende do comportamento da população para atingir resultados satisfatórios.
A nível nacional, o relaxamento das medidas de
distanciamento pode cobrar um alto “preço” dentro de poucos dias. Estudo da
Imperial College de Londres, um dos grupos científicos mais reconhecidos na
análise da pandemia, aponta que o Brasil tem atualmente a pior situação do
mundo e que o número de mortos que atualmente está em 5,5 mil, pode dobrar até
domingo.
Isolamento em MS
Menos da metade dos sul-mato-grossenses tem aderido ao
isolamento social. A taxa média registrada nesta quarta-feira (29.4) para o
Estado foi de 47,3%. Na lista das unidades da federação para o dia, Mato Grosso
do Sul foi o lugar onde houve maior movimentação de pessoas em todo País.
Boletim epidemiológico atualizado pela Secretaria de Estado
de Saúde (SES) nesta quinta-feira (30.4) mostra que a doença evoluiu de 2,4%
com 6 novos infectados nas últimas 24 horas. No atual cenário, Mato Grosso do
Sul possui 255 confirmados, 39 em investigação, e 9 óbitos.
*ms.gov.br