Mato Grosso do Sul terminou 2019 com R$ 20,5 bilhões em
produtos exportados e consolidando a celulose, soja, carne bovina e milho como
os principais produtos enviados ao mercado externo. Os dados são do Ministério
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, compilados na Carta de
Conjuntura elaborada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento
Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
A celulose foi responsável por 37% das exportações
sul-mato-grossenses e em 2019 aumentou em 4,3% a venda externa, fruto do
investimento em indústrias em Três Lagoas e ressaltando a importância da cadeia
produtiva das florestas. Enquanto que a
soja, representando 21,6% da pauta estadual externa, viu os negócios com outros
países caírem 41,3% em 2019.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck explica que
no ano passado aumentou o esmagamento de soja no mercado interno e a tendência
é que as exportações continuem diminuindo em 2020. “A atividade de novas
indústrias neste ano vai aumentar o processamento de soja internamente, como a
Coamo em Dourados, e isso é positivo, pois a operação dentro do Estado gera
impostos e agrega valor à cadeia”.
O destaque das exportações sul-mato-grossense em 2019 fica
com o milho, que aumentou em 409%, resultado de uma safra recorde e de uma
política estadual de incentivo à logística. Mas, de acordo com o secretário, a
tendência é aumentar o consumo interno nos próximos anos, com expansão da
avicultura e suinocultura.
“Os números mostram que o foco necessário para o Estado está
na agregação de valor para exportação. É a linha que queremos adotar. Processar
mais as matérias primas internas para que elas possam sair semielaboradas ou
elaboradas, como é a celulose. Nas carnes tornar o MS livre de febre aftosa
para que a gente conquiste novos mercados, inclusive com a suinocultura”,
destaca o titular da Semagro.
Apesar da queda de 21% em 2019, devido a redução na
importação de soja, a China continua sendo o principal destino das exportações
de Mato Grosso do Sul, com 41% do mercado. Japão e Estados Unidos aumentaram
consideravelmente a compra em 2019, com aumento de 290% e 64%, respectivamente.
*ms.gov.br