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Mato Grosso do Sul abriu 1.122 novos postos de trabalho no mês de outubro, conforme atestam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)), órgão ligado ao Ministério do Trabalho. É o melhor desempenho para o mês nos últimos cinco anos, segundo levantamento feito pela Coordenadoria de Estatísticas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). No acumulado do ano já são 8.100 novos empregos formais.

Foram admitidos 19.080 trabalhadores e 17.958 demitidos, o que resultou no saldo de 1.122. Os setores com mais destaques positivos são Comércio (697), Indústria de Transformação (508) e Serviços (288). No acumulado do ano a Agropecuária apresenta a primeira posição em criação com 2.524 novas vagas, seguida pela Indústria de Transformação com 2.435 novos postos.

Num detalhamento mais apurado dos subsetores, o Comércio Varejista teve o melhor desempenho com 568 novas vagas, enquanto o Comércio Atacadista fechou com 129. Na Indústria, destaque para a Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (323 vagas) e nos Serviços dois subsetores viveram momentos adversos: enquanto o subsetor de Comércio e Administração de Imóveis, Valores Imobiliários e Serviços Técnicos abriu 547 vagas, o subsetor de Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção e Redação fechou 519.

Entre os 13 principais municípios sul-mato-grossenses, apenas três apresentaram saldo negativo de geração de empregos formais em outubro: Amambai (-5), Dourados (-86) e Rio Brilhante (-35). Os destaques positivos são: Campo Grande (709), Nova Andradina (101) e Naviraí (92).

Mato Grosso do Sul ficou em segundo lugar na região Centro-Oeste, com variação positiva de 0,22%, atrás apenas de Mato Grosso que teve índice de 0,27%. Em nível nacional o resultado também foi bom. O Brasil criou 57.733 vagas de emprego com carteira assinada em outubro, cravando o quarto mês consecutivo de saldo positivo.

Análise

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, disse que o resultado positivo no mercado de trabalho já era esperado pelo governo, que tem indicadores apontando para uma consistente recuperação da economia do Estado. “Uma das grandes preocupações nossas é com geração de empregos. E é natural o crescimento da oferta de vagas no Comércio em decorrência do fim de ano que se aproxima. Ainda no próximo mês haverá reflexo disso e fica sempre a expectativa quanto à manutenção ou não desses empregos. Pode ocorrer que parte dessas vagas sejam extintas após esse período”, frisou.

O secretário apontou, ainda, o desempenho da indústria como fator importante. “A Indústria vem conseguindo manter dados positivos, o que é bom. Vemos aí a Indústria de Transformação com mais de 500 vagas. Entretanto, nossa recuperação vai melhorar muito nesse setor e isso depende da retomada da Construção Civil, que precisa de uma política mais estruturante do governo federal.” O saldo da Construção Civil foi de -253 postos de trabalho em outubro.

Outro setor que apresentou saldo negativo de empregos em outubro (-111), a Agropecuária, tem uma explicação sazonal, segundo Verruck. “É um momento de fim do plantio, quando o setor demite muitos trabalhadores. Mas logo teremos novas contratações com a proximidade do início da safra, que promete ser boa no Estado”.

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