A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a ligação entre o cigarro e as doenças cardiovasculares, principal causa de morte em todo o mundo. No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado na quinta-feira, 31 de maio, a entidade voltou a informar que o uso do tabaco é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doença arterial coronariana, derrame e doença vascular periférica.
Segundo informou a OMS, o conhecimento de que o tabaco é uma das principais causas de doenças cardiovasculares é baixo, entre grandes setores do público, apesar dos danos conhecidos do tabaco à saúde do coração. “A epidemia global de tabaco mata mais de 7 milhões de pessoas todos os anos, das quais quase 900 mil são não fumantes que morrem por inalar fumaça emitida por fumantes”, destacou a OMS.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Conforme dados do Inca, 12,6% de todas as mortes registradas no país são atribuíveis ao tabaco. Ao todo, 156.216 mortes poderiam ser evitadas todos os anos caso o uso do tabaco fosse eliminado. Em 2017, 73,5 mil pessoas foram diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Segundo o Inca, R$ 56,9 bilhões/ano são perdidos em despesas médicas e perda de produtividade.
Orientação
A partir dos números, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta os gestores municipais e estaduais a organizarem sua Rede de Tratamento do Tabagismo localmente, por meio do ingresso ao programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNTC). Basicamente, o Município e suas equipes de Atenção Básica assumem o compromisso de organizar e implantar as ações para o cuidado da pessoa tabagista. O tratamento inclui avaliação clínica, abordagem intensiva, individual ou em grupo e, caso necessário, terapia medicamentosa juntamente com a abordagem intensiva.
Para a execução dessas ações, após adesão, o Município recebe material informativo, treinamento e as medicações para os pacientes, entretanto para a continuidade das atividades devem enviar as informações referente às entradas, saídas, dispensações e posição de estoque dos medicamentos às Coordenações Estaduais trimestralmente. A área de Saúde da CNM esclarece ainda que os gestores devem procurar a Coordenação Estadual demonstrando interesse, assim que mapearem o quantitativo de pessoas tabagistas a serem atendidas e com o cronograma dos grupos de tratamento do tabagismo elaborado. A estratégia não possui custos extras ao Município.
Com informações da EBC