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Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, cada brasileiro consome, em média, 154 litros de água todos os dias. O número, que a princípio pode parecer baixo, ultrapassa os 110 litros necessários, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).

Esse consumo é o que aparece todos os meses na conta de água. No entanto, a preocupação com o uso dos recursos hídricos deve ir mais adiante. Como explica o analista do programa de Ciências e Iniciativa de Águas da World Wide Fund for Nature (WWF), Bernardo Caldas Oliveira, existe a chamada pegada hídrica.

“É uma metodologia desenvolvida por diversas instituições e ela dá um pulo para uma avaliação do nosso consumo indireto. O quanto de água precisamos pra ter nosso telefone, nosso computador. Ela é uma ferramenta que traz informações sobre nossa demanda, nossa pegada por água”, esclarece Oliveira.

Os números da pegada hídrica do Brasil impressionam. O país apresenta a sétima economia do mundo e sua pegada hídrica supera dois milhões de litros de água por ano. Em contraponto, a China, que é a maior economia do planeta, tem uma pegada hídrica de pouco mais de um milhão de litros de água por ano. São estatísticas que fazem repensar o consumo do recurso no país.

De acordo com o analista, o cálculo da pegada hídrica leva em conta não apenas a água necessária para a produção de um produto, mas ainda o quanto do recurso será necessário para diluir a poluição gerada no processo produtivo dele.

A organização internacional Water Footprint, que, em tradução livre, significa Pegada Hídrica da Água, calcula que uma xícara de café consome 132 litros de água, desde a produção, até a decomposição na natureza. Uma camisa de algodão representa 2.500 litros de água, e um quilo de azeitonas, mais de três mil litros. Já uma calça jeans consome quase 11 mil litros de água, e um carro, mais de 400 mil litros.

Visão municipal

Entre os dias 19 e 22 de março, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) irá promover o espaço municipalista. Com o tema, a água e o mundo, o evento servirá de complemento aos debates do 8º Fórum Mundial da Água, realizado na mesma semana.

A Confederação tem acompanhado o drama de diversas cidades brasileiras, que enfrentam graves problemas com a escassez de água, e compreende seus desdobramentos sobre as administrações locais. Por meio do encontro, a entidade abre espaço para um diálogo com os gestores municipais, que possa culminar no avanço dessas questões.

Com informações da Agência Brasil

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