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A população total do país em 2018 é de 208,5 milhões e deve chegar a 233,2 milhões de pessoas, até 2047, segundo revisão da Projeção da População 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela estimativa demográfica divulgada nessa quarta-feira, 25 de julho, a população nacional reduzirá gradualmente, nos anos seguintes, e chegará a 228,3 milhões em 2060. Os padrões de crescimento consideraram sexo e idade, ano a ano.

Pela análise, de 2047 em diante, a população irá diminuir e alcançará nível equivalente ao de 2034 em 2060. No entanto, em 2060, um quarto da população ou 25,5% terá mais de 65 anos. Os jovens, de 0 a 14 anos, deverão representar 13,9% da população e somar 33,6 milhões de pessoas. Hoje, população idosa soma 19,2 milhões, o que representa 9,2%; e os jovens 44,5 milhões ou 21,9% da população de 2018.

A projeção detalha a dinâmica de crescimento e acompanha as principais variáveis de fecundidade, mortalidade e migrações. Nos dias de hoje, a taxa de fecundidade total é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio de filhos por mulher deverá reduzir para 1,66. Assim, de acordo com a projeção, em 2060, o país pode ter 67,2 indivíduos com menos de 15 e acima dos 65 anos para cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar – de 15 a 64 anos.

O envelhecimento do padrão da fecundidade é determinado pelo aumento de mulheres que engravidam entre 30 e 39 anos e pela redução entre 15 e 24 anos. Por Estado, Roraima terá em 2006 a maior taxa, de 1,95; seguido do Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, todos com 1,80. Já, os menores índices deverão ser no Distrito Federal, com 1,50; Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais, todos com 1,55. A idade média em que as mulheres têm filhos é de 27,2 anos, em 2018. Em 2060, deve ser 28,8 anos.

A revisão da projeção indica que Santa Catarina manterá a maior esperança de vida, ao nascer, para ambos os sexos, com média atual de 79,7 anos, chegando aos 84,5 anos até 2060. Na contramão, o Maranhão tem a menor esperança de vida, ao nascer em 2018, mas a posição deve ser ocupada pelo Piauí em 2060. Em relação à migração internacional, a projeção considerou a emigração da Venezuela para Roraima entre 2015 e 2022. Nesse período, migrariam para o estado cerca de 79,0 mil venezuelanos.

Envelhecimento

A revisão do IBGE destaca que envelhecimento afeta a razão de dependência da população, que é representada pela relação entre os segmentos considerados economicamente dependentes – pessoas com menos de 15 e 65 anos ou mais de idade – e o segmento etário potencialmente produtivo – de 15 a 64 anos. Essa é a proporção da população que, em tese, deveria ser sustentada pela parcela economicamente produtiva.

A razão de dependência da população em 2018 é de 44%. Esse indicador significa que 44 indivíduos com menos de 15 e com mais de 64 anos dependem de cada grupo de 100 pessoas em idade de trabalhar – de 15 a 64 anos. Em 2039, a razão de dependência total deverá ser de 51,5%, quando a proporção de jovens e idosos for equivalente em 25,7% e 25,8%, respectivamente. Essa proporção total deve aumentar para 67,2% em 2060.

Recente

Em 2010, a razão de dependência era de 47,1%, e atingiu seu valor mínimo em 2017, de 44,0%. A partir de então, essa proporção voltaria a crescer, chegando, em 2028, a 47,4%, o mesmo nível de 2010.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça os números que apontam para o envelhecimento da população e, consequentemente, a necessidade de mudanças no sistema previdenciário atual. No entanto, a entidade deixaria claro que essa não é a estimativa populacional usada de base para calcular o coeficiente do Fundo Nacional de Municípios (FPM). A estimativa, que servirá de parâmetro para distribuição do Fundo entre as prefeituras do próximo ano, deve ser publicada no final de agosto.

 

*Cnm/Com informações do IBGE

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